19 de maio de 2011

o ciclo das coisas


A casa é o nosso refúgio, lugar de conforto e largueza, para se estirar, ficar à vontade, andar descalço ou sem roupa, descansar, ler e dançar. É também o canto no qual nos expressamos e, quando conseguimos mostrar nossa essência nos móveis e detalhes em volta, as pessoas costumam comentar: "a sua casa tem a sua cara". Um rosto, nem sempre certinho, arrumado e liso, mas é o nosso!...E cada um tem sua maneira de viver e se expressar.

Mas existem fases em que entramos pela porta de casa e a visão que se tem não é lá muito agradável. Coisas entulhadas sem serventia, acúmulo de papéis, peças que estão na prateleira há anos, livros que nem sequer foram abertos, roupas que nunca foram usadas. É o caso de questionar: será que perdemos a ligação com nossa moradia ou é o nosso interior que anda meio atrapalhado? Podem ser as duas coisas, ou apenas uma delas, mas o importante é arregaçar as mangas e começar a agir. E saiba que boa parte do trabalho será feita em você: a faxina começa de dentro para fora. Não adianta empilhar mil e um objetos para doação se daqui a um mês uma nova e incrível leva estiver atravancando outra vez o seu ambiente.

O  ciclo das coisas

Comece devagar, pensando em cada item que você não usa e, portanto, não merece ficar ali parado, sem ser aproveitado. Tenha perto um saco ou uma caixa grande,  para ir colocando as peças que serão doadas. Lia Diskin, co-fundadora do centro de estudos filosóficos Palas Athena, lembra de um ciclo que costumamos subestimar:  "cada objeto tem sua trajetória e sua utilidade. que direito temos de imobilizar todo esforço da natureza, da criatividade humana e da tecnologia para guardar uma coisa sem usá-la?".  Assim, o sapato esquecido no armário teve, em seu ciclo, o couro do boi, que foi alimentado no pasto, molhado com a água da chuva. O livro fechado também passou por várias mãos antes de chegar à sua. Antes disso, veio da árvore, nutrida pelo solo e pelo sol. Quando alguém deixa um objeto sem uso, interrompe sua história natural. ah..., mas e o prazer de guardar, de colecionar? Como ficam as coleções de ursinhos de pelúcia, curtidas desde a infância, os discos de vinil, as latinhas de cerveja garimpadas em cada canto do mundo, os pingüins da geladeira? Bom, isso já é um caso de paixão, de gosto pessoal, departamento em que não se toca sem permissão. Se essas coleções são vivas e não estão esquecidas, pode ser legal ficar mais um tempo com elas.

fonte : VidaSimples

Um comentário:

  1. Sempre com boas idéais, me identifico muito com as opçoes que vc nos entrega...até copiei algumas coisinhas simples pro meu apto...beijos Sil...

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